Materiais à disposição dos alunos e professores do Ensino Médio Politécnico
O mundo da pesquisa
e da ciência
Não são as respostas que movem o mundo,
mas as perguntas.
Ciência:
- Abrange todos os
campos do conhecimento humano
- Estudo com critérios
metodológicos
- Busca a verdade
por meio de pesquisa, testes
O
que a Ciência estuda?
Qualquer
assunto em que possa ser empregado o método científico (fenômenos
sociais, naturais, matemáticos, etc.)
Conhecimento:
- É processo e
produto.
- Resulta em
saberes.
A
Teoria do Conhecimento é embasada na pergunta: “Podemos ter um conhecimento
exato do mundo que nos cerca?” Divide-se em três áreas:
- Gnosiologia: estuda a essência do conhecimento: a
verdade e seus critérios.
- Epistemologia: estuda a validade do conhecimento
científico, das ciências particulares.
- Metodologia: estuda os meios ou métodos de investigação
do pensamento correto e do pensamento verdadeiro acerca de um problema.
Quanto
à natureza do conhecimento, ele pode ser:
1)
empírico:
fundamenta-se na experiência;
2)
científico:
exige demonstrações, comprovações, testes;
3)
filosófico:
procura conhecer as causas reais dos fenômenos, a origem das coisas e as
respostas para elas;
4)
vulgar:
é o senso comum, isto é, comum a todos os seres humanos. Não busca as causas
reais, baseando-se em palpites, intuições.
5)
teológico-religioso: baseia-se na trilogia fé-medo-esperança. Seus fundamentos são baseados em dogmas e ritos
(não podem ser provados e não admitem crítica, pois é a única fonte de
verdade).
Método/metodologia:
Conjunto de processos pelos quais se torna possível
conhecer uma determinada realidade. É a forma de pensar para se chegar à
natureza de um determinado problema, para estudá-lo ou explicá-lo. É o método que nos leva a:
·
apresentar o
tema;
·
enunciar o
problema;
·
rever a
bibliografia existente
·
formular
hipóteses e variáveis;
·
observar e
fazer experimentos;
·
interpretar as
informações;
·
tirar
conclusões.
Ao realizar esses passos, estamos falando em pesquisa,
em fazer ciência, em produzir conhecimento e saber, tornando-nos sujeitos
na construção desses saberes.
Pesquisa:
O homem é, por natureza, o ser que pergunta: Não sei, preciso saber e porque sei que não
sei, pergunto, na expectativa de que a resposta possa trazer-me o conhecimento
que não tenho e preciso ter. (Roland Corbisier. Introdução à filosofia. P.125-7)
A pesquisa é uma atividade voltada para a solução
de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos.
Ela produz conhecimento e diferentes saberes. A função do pesquisador é buscar
incessantemente a verdade. A pesquisa parte de uma dúvida ou problema e, com o
uso do método científico, busca uma resposta ou solução. Portanto, podemos afirmar que PROBLEMA +
METODOLOGIA = RESPOSTA.
Tipos
de pesquisa:
Há vários tipos de pesquisa: documental, de
mercado, de produto, experimental, bibliográfica, de campo, entre outras. Basicamente, vamos nos ater a dois tipos de
pesquisa:
- Bibliográfica: procura explicar e resolver problemas dentro
de um dimensão teórica. A ferramenta de trabalho é constituída por livros,
periódicos, internet, documentos impressos.
- De campo: o pesquisador busca respostas em um contexto
(sociedade). As ferramentas para esse tipo de pesquisa são a observação,
entrevistas, questionários. Os resultados são obtidos pela interpretação
dos dados levantados.
Formas
de abordagem:
- Quantitativa: conforme o próprio termo indica, significa
quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim
como também com o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde as
mais simples, como percentagem, média, etc.
- Qualitativa: não emprega dados estatísticos. Estabelece uma série de correlações
entre os diferentes autores e o que eles escrevem sobre o assunto.
Finalidades
da pesquisa:
1.
Aplicada: os conhecimentos adquiridos são utilizados para
aplicação prática voltados para a solução de problemas concretos.
2.
Pura: não há uma aplicação prática prevista; é
realizada pela satisfação do desejo de adquirir conhecimentos.
Fases
da pesquisa:
I – Elaboração do projeto de pesquisa, quando serão
observados os seguintes passos:
- Escolha do assunto:
interesse e um certo conhecimento prévio são fatores fundamentais para
determinar a escolha do assunto. Deve-se também pensar na existência de
bibliografia sobre o assunto escolhido.
- Especificação do tema
e formulação do problema: é preciso delimitar o assunto,
elaborando-se uma pergunta (problema). É nesse momento que se define
também a área do conhecimento na qual a pesquisa se insere.
- Hipótese: é uma suposição em busca de possível
certeza. É a partir dela que o pesquisador tem condições de identificar as
informações necessárias e evitar a dispersão.
- Revisão de
literatura: momento de buscar
a fundamentação teórica sobre o tema escolhido, com a realização de
leituras, busca de documentação bibliográfica, realização de anotações e
fichamentos.
- Justificativa: definição de por que a pesquisa deve ser
realizada. Que contribuições para a compreensão, intervenção ou solução
para o problema trará a realização de tal pesquisa.
- Objetivos: normalmente, formula-se um objetivo geral e
alguns objetivos específicos. É o momento de responder ao que é pretendido
com a pesquisa.
- Metodologia: é uma descrição formal dos métodos e
técnicas a serem utilizados. Além da leitura, a metodologia contempla a
fase de exploração de campo (amostragem, coleta de dados, organização e
análise de dados).
- Referências
bibliográficas: momento em
que se elenca o referencial teórico utilizado na pesquisa.
- Redação do
projeto: realizados todos
esses passos, é o momento da redação do projeto de pesquisa.
II
– Realização da pesquisa:
O pesquisador deve pautar-se pelo seu projeto de
pesquisa e realizar os passos necessários: busca de novos materiais
bibliográficos, realização de coleta de dados e começar a fazer a
interpretação, a análise dos materiais que têm em mãos para, posteriormente,
passar à redação da pesquisa, cujos resultados podem ser apresentados por meio
de diferentes produtos: artigo científico, monografia, trabalho de conclusão de
curso, etc.
Como
registrar as leituras que fundamentarão teoricamente a pesquisa?
Delimitado o tema e formulado o problema, é o
momento de partir para a fundamentação teórica da pesquisa, ou seja, as leituras
que vão dar sustentação às reflexões e análises pessoais. É nesse momento que o
pesquisador busca o que já existe sobre o assunto, para fazer confrontos de
ideias. O pesquisador deverá fazer leituras que obedecerão aos seguintes
passos: de reconhecimento e exploratória (identificação de materiais sobre o
assunto), seletiva (ao ler, o pesquisador vai selecionando o que poderá ser
utilizado na sua pesquisa, descartando o que não será necessário), leitura
crítica ou reflexiva (interpretação do que se lê, fazendo análises, “cruzando”
o que diz um autor com o que diz outro e assim por diante).
Para ter um controle sobre o material teórico que
será utilizado na pesquisa, o
pesquisador deve fazer apontamentos do que lê, porque posteriormente, na
fase de escrita do projeto e do produto final, precisará referir-se às leituras
feitas. No entanto, é preciso saber fazer esses apontamentos adequadamente,
identificando o que é citação do autor.
Formas
de registrar
Fundamentalmente, é preciso anotar os dados para fazer
a referência bibliográfica (que será estudada posteriormente), o conteúdo de
que trata a obra, registrando sempre se é cópia (que deverá vir entre aspas) ou
se é comentário do pesquisador com base no que foi lido.
Aconselha-se
que o pesquisador adote as chamadas fichas de leitura, que podem ser adquiridas
em livrarias, elaboradas no computador e neste salvas para consultas ou ainda
num caderno específico para aquela pesquisa.
Modelo
de registro
Independentemente de escolher caderno, PC ou fichas
de leitura de papel, no momento de fazer as anotações elas deverão conter um
cabeçalho que indica a área da pesquisa e o assunto (tema) tratado. Logo após o
cabeçalho, deve constar a referência bibliográfica (os dados técnicos da
obra)e, em seguida, o conteúdo com as citações e/ou comentários. A seguir,
reproduzimos modelo de anotações/registros de leitura.
Língua
Portuguesa
|
Linguagem
- funções
|
|
CHALHUB,
Samira. Funções da linguagem. 5.ed.
São Paulo: Ática, 1991.
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05
|
“Diferentes
mensagens veiculam significações as mais diversificadas, mostrando na
|
|
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sua
marca e traço, no seu efeito, o seu modo de funcionar. O funcionamento da
mensa-
|
|
|
gem
ocorre tendo em vista a finalidade de transmitir – uma vez que participam do
|
|
|
processo
comunicacional: um emissor que envia
a mensagem a um receptor, usando
|
|
|
do
código para efetuá-la; esta, por
sua vez, refere-se a um contexto.
A passagem da
|
|
|
emissão
para a recepção faz-se através do suporte físico que é o canal. Aí estão,
|
|
|
portanto,
os fatores que sustentam o modelo de comunicação: emissor, receptor,
|
|
|
canal, código,
referente, mensagem.”
|
|
|
||
Língua
Portuguesa
Linguagem – funções
CHALHUB,
Samira. Funções da linguagem. 5.ed.
São Paulo: Ática, 1991.
|
||
05
|
Nesta
página, a autora explica como corre o funcionamento da transmissão da
|
|
|
Mensagem,
tendo em vista os fatores que sustentam o modelo de comunicação, que,
|
|
|
segundo
ela, são seis:: emissor, receptor, canal, código, referente, mensagem.
|
|
As
citações no texto
Ao
repassar as citações para o texto, é preciso ter o cuidado de:
·
Usar aspas no
começo e no final da citação, caso seja literal. Logo após, cita-se o nome do
autor em maiúsculas seguido de vírgula, ano de publicação da obra em que consta
a citação, número da página. Exemplo:
“O que as pesquisas científicas feitas no Brasil
nos últimos trinta anos têm revelado é o seguinte: existe uma diferença muito
grande entre o que as pessoas em geral chamam de norma culta, inspiradas na longa tradição gramatical
normativo-prescritiva, e o que os pesquisadores profissionais chamam de norma
culta, um termo técnico para designar formas lingüísticas que existem na
realidade social.” (BAGNO, 2007, p.52)
Caso se deseje fazer um destaque na citação que não
tenha sido feito pelo autor, é necessário acrescentar uma vírgula após o número
da página e escrever: grifos meus ou grifos nossos.
·
Quando se faz
uma referência ao autor comentando o que ele disse, sem reprodução literal,
deve-se fazer da seguinte forma:
Já o segundo conceito discutido por Bagno (2007)
para o termo norma culta diz respeito
à linguagem concretamente empregada pelos cidadãos que pertencem aos segmentos
socioeconômicos mais favorecidos.
·
Caso se repita
uma citação do mesmo autor na sequência do texto que está sendo escrito, deve-se
colocar entre parênteses a expressão latina ibidem e o número da página.
·
Quando se faz
citação de citação (transcritas palavras textuais já citadas em outra obra):
entre parênteses escreve-se o sobrenome do autor da citação em maiúsculas
seguido da expressão apud e do sobrenome em maiúsculas do autor da obra que
contém a citação, vírgula, ano, página. Exemplo: (MARX apud KOSIK, 1976, p.50).
Nas referências bibliográficas, no entanto, o que vai constar são os dados da
obra de Kosik.
Observação: quando o pesquisador encontrar algum
erro na texto que vai citar, ele deve transcrever exatamente como está no
original e, imediatamente após o erro colocar entre colchetes a expressão
latina sic (assim mesmo).
Notas
de rodapé:
Anotações, explicações, comentários
preferencialmente colocados ao pé da página com a finalidade de transmitir
informações que não foram incluídas no texto para não prejudicar a sequência
lógica deste.
A
autoria do trabalho científico
É importante lembrar ao pesquisador, especialmente
quando a pesquisa é predominantemente bibliográfica, que não é proibido
reproduzir as palavras usadas por outro autor, no entanto, quando isso ocorre,
é o momento de se fazer as citações (diretas ou indiretas).
A
grande finalidade, contudo, da pesquisa é que o pesquisador seja o autor do
conhecimento que ali está sendo produzido. Portanto, o que se espera é que
haja análises, interpretações, reflexões críticas com base no que foi lido,
estudado, pesquisado, e não a reprodução das palavras de outros.
Como
se faz a referência bibliográfica?
Ocupa sempre o espaço final da pesquisa, sendo
relacionadas todas as obras lidas, inclusive na internet. Deve ser feita em
ordem alfabética.
·
De livros:
Um
autor:
NERUDA,
Pablo. Canto geral. São Paulo: Difel,
1978. 447p.
KENSEL,
Hans. Teoria pura do direito. 4.ed.
Coimbra: Armênio Amado, 1976. 484p.
PIAGET,
Piaget. Biologia do conhecimento:
ensaio sobre as relações entre as regulações orgânicas e os processos
cognoscitivos. Petópolis: Vozes, 1973. 227p.
Até
três autores:
AUTOR,
X X; AUTOR, X X; AUTOR, X X.
Três
ou mais autores:
AUTOR,
X X et. al.
·
De uma obra
com organizador:
SILVA,
Tomaz Tadeu da (Org.). Trabalho, educação
e prática social. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.
·
Parte de
uma obra:
SOBRENOME
DO AUTOR DO CAPÍTULO, Nome do autor do capítulo. Título da parte. In: SOBRENOME
DO AUTOR DA OBRA, Nome do autor da obra. Título
da obra. Local: Editora, ano. página inicial e final da parte.
·
De revistas
(com ou sem autor)
ETGES,
Norberto J. A escola e a produção do arcaico. Educação e Realidade, Porto Alegre, v.15, n.1, p.22-28, jan./jun.
1990.
INFÂNCIA
de raiva, dor e sangue. Veja, São
Paulo, v.24, n.22, p.77-87, 1990.
·
De jornais
(com ou sem autor):
GIANNOTTI,
José Arthur. Em defesa da universidade. Folha
de São Paulo, São Paulo, 13 jun. 1991. p.3.
CÉREBRO:
a máquina evolui. Folha de São Paulo,
São Paulo, 24 maio 1991. Caderno 7, p.1-8.
·
Leis,
decretos, portarias:
BRASIL.
Decreto-Lei n. 2423, de 7 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento
de gratificações e vantagens pecuniárias aos titulares de cargos e empregos da
Administração Federal direta e autárquica e dá outras providências. Diário
Oficial [da República Federativa do Brasil], Brasília, v.126, n.66, p.6009, 8
abr. 1988. Seção I, pt.1.
·
Referências
da internet:
MULLER,
L. É preciso falar de sexo. Net, Porto Alegre. Dsiponível em: <http://www.mundojovem.com.br>
Acesso em: 10 jan. 2008.
Observações:
·
Se não tiver o
ano do site da internet, deve-se
colocar a data do momento.
·
Os meses devem
ser todos abreviados com as três primeiras letras seguidas de ponto, com
exceção do mês de maio, que é escrito por extenso.
Fontes:
BECKER,
Fernando; FARINA, Sérgio; SHEID, Urbano. Apresentação
de trabalhos escolares. 17.ed. Porto Alegre: Multilivro, 1997.
OLIVEIRA,
Sílvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, ,
monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 1997.
Escola Estadual de Ensino Médio Ernesta Nunes
Ensino Médio Politécnico –
Professor (a):
...............................
Alunos:
1.
2.
3.
|
Tema da pesquisa (delimitado):
|
Problema:
|
|
Objetivo geral:
|
|
Objetivos específicos (de dois a quatro):
|
|
Justificativa:
|
MODELO DECAPA E OUTRAS ORIENTAÇÕES
ESCOLA
ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO ERNESTA NUNES
ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO
Projeto de pesquisa
Normas
técnicas para elaboração de trabalhos de pesquisa
Disciplina: Seminário Integrado
Professor:
Aluno:
Carazinho, março de 2012
Normas gerais
para apresentação de trabalhos
Temos como objetivo apresentar
aos estudantes os elementos comuns a todos os trabalhos realizados na
disciplina de Seminário Integrado. Dessa forma, sugerimos:
1.
Fontes e formas de realce
a)
Papel: preferencialmente A4
b)
Margens:
-
superior
e esquerda: 3 cm
da borda da folha;
- inferior e direita: 2 cm da borda da folha.
c)
Espaçamento:
- parágrafo-padrão: 1,5;
- títulos e subtítulos
separados por dois espaços de 1,5;
- citações diretas e
longas com mais de 3 linhas espaço simples;
- notas de rodapé:
simples.
d) Alinhamento:
- títulos sem indicativo de seção: centralizados
- títulos numerados: justificado (alinhados à
margem esquerda)
- citações diretas longas: justificadas, com
recuo de 4 cm
à esquerda.
e) Paginação:
inicia-se
a contagem a partir da folha de rosto, mas só deve aparecer a partir do
primeiro elemento da parte textual, que é a introdução, podendo ser colocada na
parte superior ou inferior, (centralizado ou alinhado na margem esquerda).
2.
Fontes e formas das letras:
a)
tipo: Times New Roman ou similar (mesmo tipo em todo o trabalho);
b) cor: preta
(outras cores apenas para ilustração);
c)
tamanho: 12 para todo o texto, exceto citações com mais de 3 linhas,
notas de rodapé, legendas de ilustrações e tabelas, sugere-se fonte menor, podendo
ser 10;
d)
negrito: pode ser utilizado para destacar títulos e palavras;
e)
itálico: indicado para indicar o nome de obras ou revistas. Também
pode ser usado para destacar títulos e palavras;
f)
sublinhado: pode ser usar para destacar títulos e palavras;
g)
aspas: usadas somente para citações diretas curtas.
3. Citações e
referências
Toda
vez que utilizamos informações de outro texto, devemos fazê-la em forma de
citação. Existem dois tipos básicos:
Citação
indireta: quando apresentamos a mesma ideia
de outro texto, mas desta vez utilizando nossas próprias palavras sem fazer uma
cópia literal.
Exemplo:
Para Teixeira & Araujo
(2007, p. 4), o uso do computador estreita a relação entre teoria e prática,
pois sua versatilidade permite que o indivíduo vivencie e realize
experimentos de produção de textos ou realize pesquisas sobre temáticas que
não teria acesso de outro modo, pois demandaria uma infraestrutura inviável à
maioria das escolas.
|
Citação
direta: quando copiamos algo exatamente e
da mesma forma como está escrito em outro texto, isto é, cópia literal. As
citações diretas se dividem em:
a) Breve –
até 3 linhas, apenas acrescentam-se aspas (“
”) no início e no final
Exemplo:
Além
disso, vivemos em uma época que privilegia a imagem e os meios audiovisuais
que nos rodeiam o tempo todo e em todos os lugares em que estamos com
mensagens atraentes e fragmentadas: “podemos dizer que essas mudanças
provocaram uma crise singular, sendo as dificuldades enfrentadas pelos adolescentes
diferentes dos conflitos de outros tempos” (ARANHA, 2006, p.236).
|
b) Longa
- com 4 linhas ou mais faz-se um recuo de 4 cm na margem esquerda e
utiliza-se uma fonte menor e sem aspas.
Exemplo:
Esta metodologia de
pesquisa na internet foi proposta por Bernie Dodge em 1995 e procura evitar o
“copiar e colar” e estimular a criatividade na busca de soluções de
problemas. O Webquest é uma
proposta metodológica construtivista.
Para
Piaget, o processo de construção do conhecimento acontece da seguinte maneira,
o sujeito aprende por meio de processos que desencadeiam situações de
desequilíbrio das estruturas cognitivas, ou seja, é necessário que passe por
um processo de assimilação desses novos elementos, reajustando esses
artifícios possibilitando então o processo de acomodação. (PENTEADO &
FERNANDES, 2007, p.2).
|
4.
Estrutura do projeto de pesquisa
·
Capa –
opcional; quando utilizada aparece apenas o título da pesquisa
·
Folha
de rosto
Informações como:
instituição, título, autor, data, data
·
Sumário
Indica os títulos dos
capítulos, bem como subtítulos, informando o número de página correspondente.
· Delimitação do tema:
Nesta
parte, iremos formular o título do nosso projeto (o que aparecerá na capa e na
folha de rosto). Assim, elaborando um título, poderemos delimitar o tema. Ao
limitarmos nosso objeto de estudo, estaremos estabelecendo limites. Devemos
encontrar uma área específica, pois assim nossa abordagem permitirá um estudo
mais profundo e rigoroso.
·
Problema
e definição da pesquisa:
Nesta
parte descrevemos o problema ou pergunta, de forma clara e limitada, à qual
queremos responder. Mas para isso devemos ter um conhecimento sobre o assunto,
através de leituras, conversas com especialistas, conhecendo a realidade e
refletindo sobre esta. A melhor maneira de fazer isso é formular perguntas
diretas sobre o assunto.
·
Justificativa:
Neste
momento, você deve expor a importância em resolver o problema proposto. Assim,
deve-se convencer a comunidade escolar sobre a necessidade de abordar o tema em
seus diversos aspectos (político, econômico, social, cultural, etc.).
·
Objetivos:
Podemos
elaborar os objetivos gerais e específicos.
Nos gerais, expomos a grande meta a qual queremos atingir e nos
específicos as propostas concretas e particulares que deverão ser atingidas ao
final do projeto. Na sua formulação, sugerimos verbos como analisar, estudar,
investigar, comparar, abordar, contrastar, relacionar, descrever, elucidar,
enumerar, mensurar, quantificar, acompanhar, reconstituir, entre outros que
auxiliam a especificar o que pretendemos com a pesquisa.
·
Revisão
de literatura:
Na revisão de literatura, apresentamos o que
já foi publicado sobre o assunto, além de catalogar as informações, examiná-las.
É o ponto de partida que permite ao pesquisador uma visão sobre o que já se
conhece sobre o assunto. Devem ser
apresentadas pelo menos três fontes (fundamentações) – hipóteses podem fazer
parte da revisão.
·
Metodologia:
Tipo de
pesquisa. É a descrição do projeto, indicando o local da pesquisa, objetos a
serem estudados, materiais, procedimentos, concepções, estratégias de análises,
fundamentos, etc.
·
Cronograma:
Descrição das atividades
planejadas com a indicação da época em que serão realizadas veja exemplo:
ATIVIDADES
|
1º
trim.
|
2º trim.
|
3º
trim.
|
Levantamento bibliográfico
|
X
|
|
|
Leitura e análise da bibliografia
|
X
|
X
|
|
Levantamento de fontes
|
X
|
X
|
|
Redação do projeto
|
X
|
|
|
Leitura e análise de fontes
|
X
|
X
|
X
|
Relatório sobre o andamento da pesquisa
|
|
X
|
|
Redação do artigo científico
|
|
|
X
|
Apresentação à comunidade escolar
|
|
|
X
|
·
Referências
bibliográficas
Indicação das fontes utilizadas no trabalho
Obs. Estas
são algumas orientações básicas para a elaboração de um trabalho de pesquisa.
Alertamos aos nossos educandos que existem outras formas consistentes para a
formatação dos trabalhos. Somente o que não podemos esquecer que sempre devemos
unificar os nossos trabalhos, isto é, manter um padrão em todo o trabalho.
Referências
Apresentação de
trabalhos científicos: normas e orientações práticas. Coor. Altair Alberto
Fávero e Ediovani Antônio Gaboardi. 4 ed. Passo Fundo, 2008.
SEVERINO, Antônio
Joaquim. Metodologia do trabalho
científico. 23 ed. São Paulo:
Cortez, 2007.
locarw �!a a �-n �u to.
·
Os meses devem
ser todos abreviados com as três primeiras letras seguidas de ponto, com
exceção do mês de maio, que é escrito por extenso.
Fontes:
BECKER,
Fernando; FARINA, Sérgio; SHEID, Urbano. Apresentação
de trabalhos escolares. 17.ed. Porto Alegre: Multilivro, 1997.
OLIVEIRA,
Sílvio Luiz de. Tratado de metodologia científica: projetos de pesquisas, TGI, ,
monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira, 1997.
Sobre resumos (para as anotações do que está sendo lido para revisão de literatura)
Ao reescrevermos um texto por meio de um resumo, conseguimos entender melhor o assunto porque o ato de resumir envolve a habilidade de analisar para extrair a essência do texto, ou seja, o que é mais importante. Fazer resumos de textos, capítulos, artigos, livros é um ótimo hábito que pode auxiliar o aluno em todas as disciplinas.
A seguir, conforme sugestões apresentadas no site www.brasilescola.com, alguns passos para elaborar um bom resumo:
- faça uma primeira leitura atenciosa do texto, a fim de saber o assunto geral
dele;
- depois, leia o texto por parágrafos, sublinhando as palavras-chaves para serem a base do resumo;
- logo após, faça o resumo dos parágrafos, baseando-se nas palavras-chaves já destacadas anteriormente;
- releia o seu texto à medida que for escrevendo para verificar se as ideias estão claras e sequenciais, ou seja, coerentes e coesas.
- ao final, faça um resumo geral deste primeiro resumo dos parágrafos e verifique se não está faltando nenhuma informação ou sobrando alguma;
- por fim, analise se os conceitos apresentados estão de acordo com a opinião do autor, porque não cabem no resumo comentários pessoais.
- depois, leia o texto por parágrafos, sublinhando as palavras-chaves para serem a base do resumo;
- logo após, faça o resumo dos parágrafos, baseando-se nas palavras-chaves já destacadas anteriormente;
- releia o seu texto à medida que for escrevendo para verificar se as ideias estão claras e sequenciais, ou seja, coerentes e coesas.
- ao final, faça um resumo geral deste primeiro resumo dos parágrafos e verifique se não está faltando nenhuma informação ou sobrando alguma;
- por fim, analise se os conceitos apresentados estão de acordo com a opinião do autor, porque não cabem no resumo comentários pessoais.
Para quem precisa melhorar os objetivos da pesquisa, a seguir sugestões de verbos que podem ser utilizados:
apreciar, analisar, escolher, citar, classificar, comparar, controlar, descobrir, descrever, definir, demonstrar, nomear, designar, diferenciar, distinguir, avaliar, calcular, construir, consertar, desenvolver, diagnosticar, executar, esquematizar, gerenciar, instalar, integrar, dominar, localizar, montar, modelar, organizar, praticar, preparar, realizar, explicar, identificar, julgar, listar, medir, opor, provar, quantificar, reconhecer, redigir, reagrupar, repertoriar, resolver, selecionar, estruturar, traduzir, transpor, verificar, reparar, tratar, transformar, utilizar, conhecer, apontar, identificar, reconhecer, relatar, compreender, concluir, deduzir, determinar, diferenciar, discutir, interpretar, localizar, reafirmar, aplicar, desenvolver, empregar, estruturar, operar, praticar, traçar, otimizar, melhorar, criticar, debater, discriminar, examinar, investigar, ensaiar, medir, testar, monitorar, experimentar, sintetizar, compor, documentar, especificar, formular, produzir, propor, reunir, contrastar, estimar, selecionar, entre tantos outros conforme a intenção da pesquisa.
Para quem precisa melhorar a justificativa, parte do projeto em que se convence o leitor da importância da pesquisa a ser realizada, não precisa ser extensa, mas deve ser bem fundamentada. A seguir, duas justificativas de projetos da escola (modelinhos):
Considerando o crescimento da Escola Estadual de Ensino Médio Ernesta Nunes, bem como o consequente aumento do número de alunos e, sobretudo, por buscar a ampliação de atividades e oportunidades a serem oferecidas à comunidade a que atende, constata-se a necessidade de a escola manter, interna e externamente, um meio de divulgação de seus projetos e de sua programação.
É sabido que, ao longo de sua trajetória, a EEEM Ernesta Nunes, tem propiciado ao seu corpo discente diversas atividades extraclasse, as quais despertam no aluno um senso de responsabilidade e participação efetiva na escola e na vida comunitária, oportunizando, desse modo, o exercício da cidadania. Por isso, a manutenção do blog da escola vem integrar-se a esse “espírito” de enriquecimento do processo ensino-aprendizagem, pois, além de ser um meio eficaz de divulgar ideias, serve como incentivo ao saudável e desafiador hábito da leitura.
O blog é, também, um modo de valorizar a escrita, mostrando ao aluno que ele escreve não apenas para o professor corrigir, mas que, acima de tudo, o ato de escrever deve ser colocado em prática na sua vida diária para opinar, esclarecer, divulgar fatos importantes, ou mesmo para questionar a realidade em que vive. Assim, o blog na escola é um meio de auxiliar os professores a motivar o aluno para diversas atividades em diferentes disciplinas, integrando-as, além de ser um veículo de divulgação das atividades escolares para a comunidade. Além do mais, o blog, podendo ser acessado no Laboratório de Informática da Escola, passa a ser um meio de democratizar as informações sobre as práticas em sala de aula, bem como de promover o exercício da cidadania pela expressão de opinião.
A manutenção do blog da Escola Ernesta Nunes – criado por ocasião do cinquentenário da instituição – é, dessa forma, um projeto que dá sequência às atividades desenvolvidas em etapas anteriores e que vem ao encontro dos dois maiores desafios de educadores de todas as séries e disciplinas em todos os tempos: despertar no aluno o interesse pela leitura e pela escrita, o que só acontece quando o educando é levado a pensar e a agir.
Para completar essa necessidade de levar informação, entretenimento e opinião à comunidade educativa, a Escola também pretende publicar um informativo, com a participação interdisciplinar dos professores. Dessa forma, o blog e o informativo são um meio de valorizar o espaço escolar Ernesta Nunes.
(Projeto Ernesta em foco. Março de 2012)
Este projeto, que será desenvolvido em conjunto pela professora regente da disciplina de Língua Portuguesa e bibliotecárias da escola, justifica-se em razão da necessidade de incentivar o hábito da leitura entre os jovens do ensino médio e do ensino médio politécnico, além de motivá-los para a escrita de textos como uma forma de expressar opiniões, exercitar a criatividade e desenvolver o senso crítico.
A escolha dos gêneros crônica, conto, resenha e artigo de opinião justificam-se por se caracterizarem como textos curtos, que podem mais facilmente ser trabalhados/lidos em sala de aula, atendendo à exigência dos tempos de duração dos períodos semanais das aulas de língua materna. Além disso, são gêneros consagrados contemporaneamente, de fácil circulação em ambientes virtuais, jornais e revistas, suportes de leitura que normalmente são mais manipulados pela faixa etária que frequenta o ensino médio/ensino médio politécnico.
(Projeto O literário e o não-literário na sala de aula: um incentivo à prática da leitura e da escrita. Abril de 2012)
Olá! Tudo beleza?
ResponderExcluirEstou passando para dar uma "espiadinha" no blog e convidá-los a visitar o meu blog também!
Vamos trocar experiências. Acho que vai ser bem legal!
Abraço,
Profe. Cíntia Maciel
Seminário Integrado - Aprendendo a aprender
http://seminariointegradoemiliosander.blogspot.com.br/
Oi, Cintia, legal mesmo o blog. Aproveitei para dar uma espiadinha e verificar que estamos trabalhando de forma muito parecida, com a construção de projetos de pesquisa. Um grande abraço, valeu a troca de experiência.
ExcluirProfessora Jocelene
Obrigada!
ExcluirValeu mesmo o incentivo!
Estamos começando uma nova etapa no ensino, né?
E por isso é muito bom fazer "parcerias"!
Espero não perder o contato!
Abraço,
Cíntia Maciel
Este ano assumi o Seminário Integrado no 2º ano junto com outras colegas. A caminhada de vcs colocada nos blogs e os materiais publicados tem sido de muita ajuda.Obrigada por compartilharem.
ResponderExcluirComo estão trabalhando no 2º ano? Quantas turmas cada professor está coordenando?
que materiais de apoio costumam usar?
Que videos sugerem?
Ufa minha ansiedade me faz bombardear com perguntas hehehe
Mas gostaria de receber todo material que possam disponibilizar desde material de fundamentação para professor ate dicas de pratica.
email: darocha@vetorial.net
olá Bom dia,eu estou fazendo um trabalho de uma escola publica e gostaria de saber como está funcionando o seminari entregado,quantos períodos tem,como é escolhidos os trabalhos e como é feitas as apresentações dos temas???
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